A Anomia e a consciência do Absurdo (Paper 019)
Resumo
Em 1942, em meio às turbulências da segunda guerra mundial e quatro anos depois de Sartre haver publicado La Nausé, este constata de forma lacônica que: “O sentimento do absurdo pode assaltar qualquer homem em qualquer esquina de rua. É o momento no qual não entendemos mais o mundo por alguns segundos. As fachadas desabam e abre-se a visão para o mundo no qual as coisas não têm mais nomes. Sabendo-se os nomes das coisas, temos um meio em mãos para dominá-las. Assim os guerreiros de algumas sociedades tribais temem que os seus adversários tomem conhecimento de seus nomes, porque isto os investe de poder sobre o dono do nome. O sentimento do absurdo, que pode nos tomar também no buffet de um congresso científico, baseia-se na perda espontânea de todos os nomes e confronta-nos com uma sociedade sem sentido. A chamada consciência absurda reconhece a existência do irracional, sem deixar-se seduzir pela saudade do absoluto, pela regressão às consolações filosóficas ou religiosas.
Palavras-chave: Consciência do Absurdo. Anomia. Alienação.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v3i1.11967
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