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A Economia política e a natureza (Paper 002)

Franz Josef Brüseke

Resumo

Marx indica no contexto da sua teoria da alienação que o trabalhador não pode criar nada, e sim a natureza. A natureza é para Marx o mundo físico exterior que serve de „alimento? para o trabalhador. A consciência de uma base material da produção foi ainda cedo desenvolvida por Marx. O conceito de natureza significa a totalidade do mundo físico externo que rodeia o homem. É, portanto, entendido mais adiante como um conceito de natureza que nos relaciona à biosfera. Nos primeiros escritos de Marx (e Engels) até o Manifesto Comunista, observou-se um movimento de busca teórica que progressivamente dirigia-se em direção a uma teoria que tratasse a sociedade como uma sociedade de trabalho. Não é por acaso que Marx, ao final do manuscrito da “Ideologia Alemã”, em outubro de 1846, já com vinte e oito anos completos, assume uma postura econômica casualmente. Sua sólida formação filosófica – ele obteve a sua promoção através da dissertação “A Diferença da Filosofia da Natureza de Demócrito e de Epicuro” – teria possibilitado também uma outra e igualmente importante especialização. A economia deveria dominar a vida de Marx porque apenas ela leva a produção humana ao centro do interesse científico. Marx interpretou a produção à sua maneira específica, qual seja, como processo de produção do capital. Uma vez que, neste sentido, ao lado material do processo de produção e consequentemente também o metabolismo com a natureza, interessava menos a Marx e sim, conforme seu princípio teórico mais a forma de valor da produção foram desconsiderados, de maneira consciente ou inconsciente, aspectos essenciais.

Palavras-chave: Marx. Economia Política. Natureza.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i1.12038

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