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Continuidade da situação colonial e hidrelétricas na Amazônia (Paper 589)

Adriele Fernanda Andrade Précoma, Carlos Potiara Castro

Resumo

O Brasil permanece sob uma colonialidade que o mantém periférico no sistema-mundo como um país fornecedor de matérias-primas e produtos agropecuários. A região amazônica está compreendida como um núcleo de exploração dentro de uma dinâmica de colonialidade interna, em que os seus povos e natureza são explorados a fim de servir a um modelo de desenvolvimento hegemônico e a demandas de outras regiões e do exterior. Com essa percepção, advinda da teoria crítica decolonial, propomos que a consecução de projetos hidrelétricos na Amazônia brasileira são representativos da matriz colonial que historicamente impacta os povos e a natureza. Iniciamos este trabalho com uma leitura da história para refletir sobre o tempo contemporâneo que ainda guarda traços da colonialidade. Serão inseridos exemplos de hidrelétricas na Amazônia que trazem visibilidade aos conflitos socioambientais, que refletem a continuidade à brasileira da colonialidade que subalterniza a América Latina. Os debates sobre o tema são muito vivos em discussões sobre modelos de desenvolvimento para o país capitaneados pelo Estado brasileiro. Mas identifica-se a não superação de graves violações socioambientais e de direitos humanos relacionadas a hidrelétricas, que revelam a colonialidade, que deve ser compreendida para vislumbrar caminhos para sua superação.

Palavras-chave: Amazônia. Colonialidade. Desenvolvimentismo. Hidrelétricas. Questão Socioambiental.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/papersnaea.v1i1.19849

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