Comportamento Verbal E RFT: Convergências e Divergências a partir do Contextualismo
Resumo
A Teoria das Molduras Relacionais (RFT) é uma teoria relativamente recente na história da Análise do Comportamento, que se propôs a ampliar as proposições sobre a linguagem humana feitas por Skinner (1957) e Sidman (1971). Os proponentes da RFT, em suas publicações, costumam apontar a convergência de suas ideias com o Contextualismo Funcional. Em relação à teoria skinneriana, não há consenso a respeito, embora existam autores que defendem uma interpretação contextualista dela. O Contextualismo explorado por esses autores é o descrito pelo filósofo Stephen C. Pepper (1942). Portanto, este estudo tem como objetivo analisar os compromissos teóricos e filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT em relação ao Contextualismo, e a partir disso delinear convergências e divergências entre as duas últimas. Para isso, foi realizada uma pesquisa teórico-conceitual, utilizando o procedimento de interpretação conceitual de texto (PICT). A partir da análise, pode-se perceber algumas semelhanças entre os compromissos filosóficos da teoria do Comportamento Verbal e da RFT. A principal semelhança que dá origem às outras é a questão do contexto. Ambas as teorias compartilham a noção de que o contexto ou ambiente não é apenas onde estão os determinantes do comportamento, mas também o que dá significado a ele. Como consequência dessa convergência, as concepções de comportamento operante, classe de respostas e significado são semelhantes. No entanto, a Teoria do Comportamento Verbal e a RFT têm várias diferenças na abordagem do comportamento operante, bem como no modelo explicativo para o comportamento verbal.
Palavras-chave: Comportamentalismo Radical, Teoria das Molduras Relacionais, Pesquisa teórico-conceitual, B. F. Skinner, S. C. Hayes.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v17i2.11008