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Reforçamento natural e reforçamento arbitrário

João Eduardo Cattani Vilares

Resumo

A área voltada para pesquisas e intervenções sobre comportamentos socialmente relevantes conhecida como análise do comportamento aplicada preocupa-se, dentre outros aspectos, com a generalidade de suas intervenções. A generalidade refere-se à possibilidade de um comportamento novo permanecer ocorrendo ao longo do tempo, em diferentes contextos. Para que comportamentos continuem ocorrendo, eles precisam ser reforçados, ainda que esporadicamente. Os conceitos conhecidos como reforçamento natural e reforçamento arbitrário indicam maneiras de como os reforçadores podem ser utilizados para atingir certas dimensões da análise do comportamento aplicada, como a generalidade. Além disso, podem permitir uma análise mais detalhada de episódios comportamentais, um planejamento de intervenções que podem ser mais bem adaptadas ao repertório de cada indivíduo, reflexões sobre aspectos éticos de tais intervenções dentre outros aspectos. O presente artigo tem por objetivo sintetizar, de forma didática, os conceitos de reforçamento natural e arbitrário baseados na literatura desenvolvida por Ferster, seu originador, e de autores que contribuíram recentemente com a elaboração dos conceitos de modo a contribuir para a formação conceitual em nível de graduação e pós-graduação em análise do comportamento. O leitor encontrará neste texto diversos exemplos, quadros, tríplices contingências e questões para estudo. Espera-se que uma maior uniformidade no uso dos termos reforçamento natural e reforçamento arbitrário possam trazer maior precisão conceitual para dentro da comunidade de analistas do comportamento e possam se estender também para outras áreas de conhecimento. 

Palavras-chave: reforçamento natural, reforçamento arbitrário, reforçamento extrínseco, reforçamento intrínseco, análise do comportamento aplicada.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v20i0.16408

Revista Brasileira de Análise do Comportamento/ Brazilian Journal of Behavior Analysis
ISSN 1807-8338 Versão Impressa / 2526-6551 Versão Eletrônica