Correspondência entre Análise Funcional de Rastreio de Múltiplas Funções e Análise Funcional Padrão: replicação sistemática
Resumo
Diversas propostas têm sido desenvolvidas para reduzir o tempo necessário à realização da Análise Funcional Padrão, bem como a exposição dos pacientes às contingências de reforçamento dos comportamentos problema. Nesse contexto, foi elaborado um procedimento de rastreio de função com o objetivo de identificar se tais comportamentos são mantidos por reforçamento automático ou por contingências socialmente mediadas de reforçamento positivo ou negativo. O presente estudo teve como propósito replicar esse procedimento, comparando seus resultados com os obtidos por meio de uma Análise Funcional Padrão, a fim de verificar o grau de correspondência entre ambos. Um objetivo adicional consistiu em avaliar a validade social do procedimento de rastreio a partir da percepção dos terapeutas que o aplicaram. Para tanto, foram selecionados cinco participantes que apresentavam comportamentos problema. Realizou-se uma Análise Funcional de Rastreio de Múltiplas Funções e uma Análise Funcional Padrão, a fim de comparar os resultados com os do procedimento de rastreio. Um questionário avaliou a validade social do procedimento de rastreio com os terapeutas que implementaram o procedimento. Foi identificada uma correspondência entre os resultados dos procedimentos de rastreio de função e a Análise Funcional Padrão para quatro participantes. Os dados de validade social indicaram alta satisfação com o uso do procedimento, e todos os terapeutas indicaram que utilizariam o procedimento em futuras avaliações. Os dados do presente estudo confirmam a eficácia do procedimento e indicam alto grau de especificidade e sensibilidade do procedimento na identificação da função dos comportamentos problema quando comparado aos resultados da Análise Funcional Padrão.
Palavras-chave: análise funcional experimental, análise funcional de rastreio de múltiplas funções, problema de comportamento, análise do comportamento aplicada, autismo.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v21i2.19765
