CONSEQUÊNCIAS ESPECÍFICAS ARBITRÁRIAS EM MATCHING DE IDENTIDADE SÃO EFETIVAS PARA O ESTABELECIMENTO DE CLASSES DE EQUIVALÊNCIA?
Resumo
Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de verificar se estímulos arbitrários apresentados como consequências específicas em um procedimento matching-to-sample de identidade (IDMTS) garantiria a formação de classes de estímulos equivalentes nas quais estariam inclusos os estímulos antecedentes e as consequências específicas. No Experimento 1, cinco estudantes universitários aprenderam as relações de identidade AA, BB e CC com três consequências específicas (rf1, rf2 e rf3), mas exibiram baixo desempenho nas tentativas que testaram a emergência das relações de equivalência AB, AC, BA, CA, BC e CB. Estes fracassos poderiam refletir uma deterioração das relações entre os estímulos antecedentes e as consequências específicas, induzida pelo procedimento de extinção aplicado nas tentativas que antecederam o bloco de teste. Por isso, duas manipulações foram feitas no Experimento 2: 1) as tentativas de treino em extinção antes do teste foram removidas e 2) um supertreino das relações de identidade de linha de base com as consequências específicas foi realizado antes do início do bloco de teste. Dois participantes aprenderam as relações de identidade de linha de base e passaram pela fase de supertreino. Apesar disso, os acertos no bloco de teste não indicaram a emergência de relações de equivalência. Os resultados negativos em ambos os estudos podem ser explicados pela ausência de propriedades reforçadoras dos estímulos empregados como consequências específicas.
Palavras-chave: equivalência de estímulos, consequências específicas, resultados negativos, estudantes universitários.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v11i1.3775