ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE ESTÍMULOS VISUAIS EM CÃES, ABELHAS E MACACOS-PREGO
Resumo
Determinar as condições em que um organismo aprende discriminações condicionais arbitrárias é um problema relevante aos psicólogos que trabalham com aprendizagem, uma vez que esse comportamento parece ser pré-requisito de uma infinidade de repertórios relacionais complexos. O presente trabalho descreve estudos de laboratórios integrados que aplicaram algumas estratégias alternativas de ensino de discriminações condicionais arbitrárias entre estímulos visuais com cães domésticos, abelhas e macacos-prego. As estratégias usadas foram: 1) Treino prévio de discriminações simples e reversões; 2) Escolha forçada; 3) Treino blocado; 4) Uso de distratores e inserção atrasada dos estímulos de comparação negativos; 5) Manipulação do posicionamento dos estímulos de comparação; 6) Modelagem de controle de estímulos; e 7) Alternância de contexto de exclusão e tentativa e erro. As características e justificativas para o uso de cada estratégia e seus efeitos sobre o responder de organismos dessas diferentes espécies são apresentados. De um modo geral, os procedimentos aplicados não foram suficientes para produzir repertório relacional arbitrário em cães e em abelhas, gerando desempenhos ao nível do acaso. Para os macacos, uma dentre duas estratégias foi suficiente, mas um treino muito extenso foi necessário para gerar o repertório.
Palavras-chave: estratégias de ensino, discriminações condicionais arbitrárias, cães, abelhas, macacos-prego.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v15i1.8326