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RECURSOS COMUNS NOS PROJETOS DE REFORMA AGRÁRIA, PRIVATIZAÇÃO OU TRAGÉDIA: melhor não os ter.

Jorge Luis Nascimento Soares

Resumo

O objetivo do trabalho foi dar visibilidade às relações ente os assentamentos de reforma agrária e o meio ambiente, de modo a propor ações mitigadoras de impactos mediante adequação entre os modelos de gestão e a tipologia das famílias assentadas. Foi aplicado método dedutivo de investigação, quando a pesquisa tem provimento em trabalhos acadêmicos e estudos técnicos relacionados. Nos projetos para atender famílias de indivíduos forasteiros, sobressaem os preceitos da teoria intitulada “A Tragédia dos Comuns” com a proposta de restrição de acesso aos recursos naturais de uso comum, no enfrentamento de perdas por sobre-exploração, enquanto “A Tragédia dos Anticomuns” defende a clarificação do direito de propriedade para contrapor a subutilização. Entre povos tradicionais, são os preceitos da “Teoria dos Recursos Comuns” na qual não há conflitos de interesses quando os comunitários empreendem métodos próprios de gestão. A inconsistência do formato progressista de entre beneficiários de origem diversas, não locais ou forasteiros, pode ser atribuída à seleção inapropriada do modelo, quando não, à inabilidade gestora, o que tem motivado posições conservadoras na condução deste formato de empreendimento.

PALAVRAS-CHAVE: Economia solidária, Governança, Indivíduos forasteiros.


Palavras-chave

Economia solidária, Indivíduos forasteiros, Governança.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/reumam.v8i2.15008

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ISSN online 2595-9239