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MODELAGEM DA RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA PARA UM POVOAMENTO URBANO DE Swietenia macrophylla King NO MUNICÍPIO DE MARABÁ, PARÁ, BRASIL

Renildo Medeiros da Silva, Fernanda da Silva Mendes, Deivison Venício Souza, Jaquelyne Rosa da Silva, Alana Letícia Pereira de Oliveira

Resumo

As relações hipsométricas têm utilidade na mensuração florestal, pois em várias situações torna-se proeminente a estimativa da altura de uma árvore a partir de funções matemáticas acuradas, diminuindo-se o tempo de execução e os custos de inventários florestais. Este trabalho teve como objetivo ajustar modelos hipsométricos tradicionais e selecionar aquele mais acurado para a predição da altura dos indivíduos de S. macrophylla. Foram selecionados 36 indivíduos de S. macrophylla situados na Praça do Mogno, Marabá, Pará. Foram testados cinco modelos hipsométricos tradicionais, em função da variável diâmetro a 1,30 m do solo (DAP) e suas transformações. Os critérios estatísticos para seleção do melhor modelo foram: i) significância da estatística F-Snedecor da Análise de Variância; ii) coeficiente de determinação ajustado (R²aj); iii) erro padrão da estimativa em porcentagem (Syx%); iv) desvio médio percentual (DMP%); v) análise gráfica de resíduos; vi) significância do teste t-Student dos coeficientes da regressão. O modelo que apresentou mais acurácia na estimativa da altura total foi o Modelo 1 ?H = (DAP) / (-16,6089 + 8,1577. DAP), por ter apresentado os melhores coeficientes (R²aj = 99,95%; Syx% = 0,1840%; DMP% = -0,0010) e excelente comportamento sob análise gráfica residual, sendo, portanto, o modelo indicado.

Núcleo de Meio Ambiente

Universidade Federal do Pará

Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá

Belém, Pará, Brasil

https://periodicos.ufpa.br/index.php/agroecossistemas

                                                                             

PALAVRAS-CHAVE: Mogno, Modelos hipsométricos tradicionais, Regressão linear.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v11i1.4880

ISSN online 2318-0188