Reflexões sobre a produção de sentidos na crônica “Das vantagens de ser bobo” de Clarice Lispector/Reflections on the production of meaning in the chronicle “The advantages of being a fool” by Clarice Lispector
Resumo
Este artigo traz reflexões sobre a produção de sentidos das palavras “bobo” e “esperto”, apresentadas na crônica “Das vantagens de ser bobo” da escritora brasileira Clarice Lispector. Verifique-se como a autora construiu novos sentidos em torno dessas palavras, atribuindo à palavra “bobo” uma carga positiva, enquanto atribui valor negativo a “esperto”. É um estudo bibliográfico, de natureza interpretativa que se preocupa em apresentar algumas das estratégias usadas pelo autor do texto em análise para a produção dos sentidos das duas palavras selecionadas. Além disso, observe-se como as modificações nos sentidos das palavras exercem novas significações aliadas ao objetivo discursivo. Os estudos mais tradicionais sobre o significado e sobre as relações de sentido entre palavras tendem a concebê-los como fixos e instalados. Com as novas abordagens surgidas nesse campo de estudo, surgem novas possibilidades de compreensão como os sentidos são produzidos. Assim, este estudo toma como pressupostos as concepções de que os sentidos não estão fixos nos elementos linguísticos e de que as relações semântico-lexicais entre palavras podem ser construídas e desconstruídas na atividade discursiva, vinculando-se à Semântica da Enunciação. O artigo adota como referenciais teóricos autores como Abrahão (2018), Bakhtin (1975), Barbosa & Castro (1993), Fiorin (2012), entre outros, para ancorar as reflexões sobre o sentido na linguagem e Silva & Nascimento (2014) e Moraes (2020) para as considerações sobre o autor da crônica em análise. Este estudo contribui para corroborar a atividade do falante como fundamental na construção de novos sentidos no uso efetivo da linguagem.
Este artigo traz reflexões sobre a produção de sentidos das palavras “bobo” e “esperto”, presentes na crônica “As vantagens de ser bobo”, da escritora brasileira Clarice Lispector. Percebe-se como a autora constrói novos sentidos em torno dessas palavras, atribuindo uma carga positiva à palavra “bobo”, enquanto atribui um valor negativo à “esperto”. Trata-se de um estudo bibliográfico, de cunho interpretativo, que se preocupa em apresentar algumas das estratégias utilizadas pela autora do texto em análise para produzir os sentidos das duas palavras selecionadas. Além disso, observa-se como as mudanças nos sentidos das palavras exercem novos sentidos aliados ao objetivo discursivo. Estudos mais tradicionais sobre o sentido e sobre as relações de sentido entre as palavras tendem a concebê-los como fixos e estabelecidos. Com as novas abordagens que têm surgido nesse campo de estudo, surgem novas possibilidades de compreensão de como os sentidos são produzidos. Assim, este estudo toma como pressupostos os conceitos de que os significados não são fixos em elementos linguísticos e que as relações semântico-lexicais entre as palavras podem ser construídas e desconstruídas na atividade discursiva, vinculadas à Semântica da Enunciação. O artigo adota autores como Abrahão (2018), Bakhtin (1975), Moraes (2020), Barbosa & Castro (1993), Fiorin (2012), entre outros, como referenciais teóricos, para ancorar reflexões sobre o sentido na linguagem e Silva & Nascimento (2014) e Moraes (2020) para considerações sobre o autor da crônica em análise. Este estudo contribui para corroborar a atividade do falante como fundamental na construção de novos sentidos no uso efetivo da linguagem.
Palavras-chave
Produção de Sentidos; Discurso; Clarice Lispector.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/apalavrada.v0i25.16775
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