EXISTÊNCIA E/OU RESISTÊNCIA? O FAZER ANTROPOLÓGICO E O USO DO SISTEMA DE ENSINO REMOTO EMERGENCIAL NA PÓS-GRADUAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19
Resumo
Diante do aparecimento do vírus SARS-CoV-2, os seres humanos precisaram modificar o seu modo de viver e se relacionar. Medidas em caráter de urgência global foram necessárias de ser implementadas para que a humanidade conseguisse sobreviver a uma das maiores crises sanitárias da história. Essa situação de caos impactou a sociedade em larga escala, seja no que tange aspectos sociais, políticos, culturais, econômicos, biológicos, entre outros, como por exemplo, no campo científico, em específico, no que condiz ao fazer antropológico. Neste artigo, que contempla um estudo desenvolvido no período de disseminação do coronavírus no Brasil, ou seja, entre meados de março de 2020 até abril de 2021, procuro mostrar que estratégias precisei utilizar para dar continuidade em uma pesquisa de mestrado que estava sendo realizada dentro de duas casas noturnas LGBTQIA+ de Belém a partir do
1Bacharel em método de observação participante. Além disso, discuto sobre os desafios, dificuldades e problemáticas de fazer uma Pós-Graduação por meio do sistema de ensino remoto emergencial (ERE), em um cenário de calamidade e incertezas.
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