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RACISMO, SAÚDE E COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBOS: REFLEXÕES DA FISIOTERAPIA.

Dennis LEITE, Ana Luíza MARTINS, Juliana FERREIRA, Keila de Nazaré BATISTA, Maria José ROSÁRIO

Resumo

Os quilombos fazem parte de uma época triste da história do Brasil. A escravidão deixou profundas marcas no país. Nesse período surgem as comunidades remanescentes de quilombos, lutando por acesso e políticas inclusivas. O acesso em saúde no Brasil, é, ainda uma questão muito polêmica. As populações quilombolas reivindicam direito à saúde plena e integral. O trabalho tem como o objetivo: realizar uma revisão da literatura atual, com o intuito de apresentar aos profissionais de saúde uma reflexão sobre as questões pertinentes às populações quilombolas e suas dificuldades na defesa de seus direitos de acesso à atenção em saúde. O assunto “saúde de quilombolas” é extremamente novo e ainda há muito por debater e avançar neste caminho. A literatura demonstra que ainda existe uma grande disparidade na Atenção à Saúde no Brasil, e que é necessário o envolvimento social e profissional para alteração desta realidade. É fundamental que todas as profissões de saúde despertem para este grande desafio, e possam se unir em uma corrente inter, multi e transdisciplinar, aumentando a proximidade a importantes grupos de brasileiros que, por uma motivação triste de nosso passado, estiveram e ainda estão excluídos do processo atual de desenvolvimento. As políticas públicas em saúde devem buscar a equidade por meio da atenção inclusiva e grupos especiais, principalmente as comunidades quilombolas brasileiras.


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/cs.v1i1.3915

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