“QUEBRANDO COCO PÁ CRIÁ OS FI, VISTI E CALÇÁ”: ETNOBOTÂNICA COM MARGARIDA E MARIA NO BICO DO PAPAGAIO, TOCANTINS, BRASIL
Resumo
Esta pesquisa buscou compreender como duas mulheres quebradeiras de coco do Bico do Papagaio, Tocantins, Brasil, se relacionam com a planta babaçu e seus subprodutos. Utilizou como fundamentação e ferramentas teórico-metodológicos: Fenomenologia, História Oral e Etnobotânica. A entrevista de História Oral Temática perpassou a vida, trabalho, sentidos e significados dessa planta para as duas entrevistas: Margarida e Maria. Compreendeu-se que as relações são complexas perpassando questões de subjetividade; identificação; trabalho; percepção do meio ambiente e seus processos de alterações; conhecimentos e técnicas familiares, tradicionais, locais; socialização e formação na comunidade; baixa escolaridade formal-estatal; partes utilizáveis da planta e seus subprodutos: óleo, carvão, telhado, cercas, cestos, esteiras; bem como a associação política como ressignificação do sentido de ser “quebradeira de coco”. Conclui reforçando que as etnobiologias, tais como a etnobotânica, possam servir de contato e vivência com outras culturas, outras formas de saberes, em união.
Palavras-chave
Babaçu; Campo; Etnobiologia; Mulheres; Trabalho rural
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/ethnoscientia.v0i0.10266
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