“LÁ VEM A BARRA DO DIA” UMA VIVÊNCIA NO ACAMPAMENTO JURUÁ MAKE DE LHÉ EM UMA ESCOLA INDÍGENA DE ALAGOAS
Resumo
O presente trabalho busca apresentar uma experiência pedagógica na Escola Estadual Indígena Cacique Alfredo Celestino, localizada na Aldeia Serra do Capela no município de Palmeira dos Índios, Alagoas. A experiência sistematizada nesses escritos é o acampamento Juruá Make de lhé, “o nascer do sol”, realizado com as crianças na instituição escolar desde o ano de 2018, sendo este artigo um recorte das edições de 2019 a 2021. Buscou-se analisar de que forma o acampamento vem atendendo ao que se propõe enquanto prática inovadora de educação, e particularmente uma prática de educação escolar indígena no estado de Alagoas. Esta pesquisa é de caráter qualitativo, pois no texto a intenção é refletir aspectos subjetivos de uma ação pedagógica na escola estudada e com a abordagem etnográfica que traz a prática etnográfica na pesquisa educacional, pois trata-se de um recorte centrado em uma etnia indígena do município de Palmeira dos Índios, Alagoas, nesse caso os Xukuru Kariri. O embasamento teórico está fundamentado nas contribuições de alguns autores, a exemplo de Ferreira (2016), que pesquisou a educação indígena Xukuru Kariri, sendo um importante no fazer da pesquisa. Já em relação aos aspectos de resistência dos povos campesinos, buscamos as contribuições de Arroyo (1996), bem como os documentos oficiais que tratam da educação do campo e sua garantia no fazer pedagógico. A pesquisa apontou a inovação no tocante a proposta do acampamento no que diz respeito à construção do currículo, sobretudo partindo dos moldes da educação contextualizada e do campo.
Palavras-chave
Xukuru Kariri; educação escolar indígena; prática pedagógica; educação do campo
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ethnoscientia.v9i1.14707
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