PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA ALUNOS COM TEA: ESTADO DA ARTE EM DISSERTAÇÕES BRASILEIRAS DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS

Resumo

O presente artigo tem por objetivo evidenciar como tem sido discutida a prática pedagógica para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em dissertações produzidas ao longo dos últimos dez anos, por meio de um Estado da Arte obtido na base de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa (CAPES) e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Torna-se importante saber o que revelam as pesquisas sobre as estratégias de ensino adotadas por professores que atendem alunos com TEA, principalmente porque esses estudos proporcionam direcionamentos didáticos e pedagógicos voltados para o melhor encaminhamento da aprendizagem desse público em questão. Após o levantamento na base de dados da Capes e BDTD, foram encontrados 57 (cinquenta e sete) trabalhos. Todavia, destacaram-se, a partir dos termos utilizados e do recorte temporal nessa busca, apenas 6 (seis) dissertações, todas com caráter de pesquisa de campo, que tratam diretamente das práticas pedagógicas direcionadas para alunos com autismo no âmbito escolar. Os resultados apontaram para o fato de que a inclusão escolar ainda é um desafio a ser superado por muitos professores, e que essa percepção de não credibilidade e de que não é possível a inserção dos alunos em classes regulares ainda é reflexo de uma formação inicial e continuada historicamente pautada na padronização dos alunos e nos estereótipos de marginalização aos que não são semelhantes. Conclui-se que é urgente a garantia de práticas pedagógicas inclusivas, bem como a formação continuada docente, para que acolham a todos e promovam a educação integral do aluno com TEA.