O LAZER NO COTIDIANO: PRÁTICAS COLETIVAS COMO RESISTÊNCIA
Resumo
Este trabalho discute a noção de cidade, de cotidiano, com centralidade na ocorrência do lazer. Nesse contexto o lazer é entendido como um conjunto de práticas humanas vivenciadas num tempo livre e diferenciado que coexistem temporal e espacialmente nas diferentes sociedades. O objetivo é demonstrar que em diferentes contextos espaciais vigoram variadas práticas que, a despeito de serem consideradas pouco importante, constituem-se em conteúdos significativos da vida social urbana. Essas práticas de lazer existem porque são resistência a uma lógica irredutível de poder. Em outras palavras, são expressões do cotidiano social não capturadas pela racionalidade técnica das formas urbanas e que se encontram dissociadas de um padrão que se baseia no consumo e na efemeridade das relações sociais. A reflexão aqui proposta parte de uma revisão bibliográfica combinada com reiteradas observações em campo que se deram em cidades da Amazônia e de outras regiões do Brasil. Em que pese a predominância da abstração do espaço urbano verificou-se que os sujeitos, nos diferentes tempos e espaços, mantêm uma sofisticada rede de interação e sociabilidade cuja materialidade remete a práticas espontâneas, não racionalizadas, notabilizando caminhos reais para uma cidade, um cotidiano, diferentes para e pelo lazer.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/nra.v8i3.9627
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