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Como as alianças com seres mais que humanos (rios, montanhas, pedras, plantas, animais, fungos, coisas etc.) têm sido experimentadas nas artes e quais criações coletivas são possíveis em períodos marcados pelas mudanças climáticas e por uma série de catástrofes? Como romper as visões de uma Terra/terra arrasada, triste e morta para ensaiar maneiras de criar mundos outros, de caminhos com as artes, as ciências, as filosofias, as educações, as comunicações, as divulgações? Que práticas artísticas em suas interfaces inter/transdisciplinares se anunciam como possíveis em nossas vivências multiespécies?

Múltiplas espécies cocriam as paisagens que se ramificam pela Terra/terra – não todas juntas a todo momento, mas algumas que se encontram com outras em tempos e espaços localizados. São espécies companheiras, vizinhas, parentes, parceiras… que afetam a criação e recolocando-a para além das dualidades humanos e não-humanos, naturezas-culturas, sujeitos-objetos, teorias-práticas.

Sabendo que “Algumas das coisas mais interessantes sobre espécie são feitas em projetos científicos de ficção científica, literários e não literários – projetos artísticos de vários tipos” (Haraway, 2021, p. 132), propomos o dossiê “Criações e Vidas Multiespécies em tempos de catástrofes” que objetiva (co)construir um arquivo de experimentações em meio às/com as/pelas artes em relações inter/transdisciplinares – com as ciências, com as educações, com as filosofias etc. – que aconteçam em alianças multiespécies, em bons encontros, em velocidades variadas.

Nesse sentido, esta proposta deseja produções em artes junto de uma perspectiva multiespécie e que se façam em alianças inter/transdisciplinares com campos como as ciências, as filosofias, as educações, as comunicações, as divulgações. Acolheremos trabalhos de bases teóricas-metodológicas-epistemológicas dos estudos multiespécies, queer, feministas, decoloniais, pós-estruturalistas, pós-modernos e filosofias da diferença, desde que versem acerca de dimensões artísticas – em alianças com campos outros de pensamento e criação – e vidas multiespécies.

Eixos direcionadores para as propostas de submissão os seguintes temas:

- Cocriações multiespécies em artes;

- Artes e tempos de catástrofes e (re)criações de mundos possíveis;

- Experimentações entre artes, ciências e educações;

- Teorias e práticas artísticas transdisciplinares engajadas com Terra/terra;

- Experiências inter/transdisciplinares entre artes, filosofias, ciências, educações, comunicações diante das catástrofes;

- Artes, educações e experimentações queer, feministas, decoloniais, pós-estruturalistas, pós-modernas em tempos de catástrofes e de mudanças climáticas.

-      Cocriações multiespécies em artes;

-      Artes e tempos de catástrofes e (re)criações de mundos possíveis;

-      Experimentações entre artes, ciências e educações;

-      Teorias e práticas artísticas transdisciplinares engajadas com Terra/terra;

-      Experiências inter/transdisciplinares entre artes, filosofias, ciências, educações, comunicações diante das catástrofes;

-      Artes, educações e experimentações queer, feministas, decoloniais, pós-estruturalistas, pós-modernas em tempos de catástrofes e de mudanças climáticas.

Serão aceitas produções que estejam dentro das exigências da Revista Arteriais (UFPA) nas modalidades: Artigos, Resenhas, Entrevistas, Traduções e Ensaios (Escritos ou Visuais). 

O Comitê Editorial é composto por: Susana Oliveira Dias, pesquisadora-doutora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professora do Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural (Labjor-IEL-Unicamp); Tiago Amaral Sales, professor-doutor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Natália Aranha de Azevedo, doutoranda PPG-Ecologia (Unicamp).

Esta é uma organização do Grupo de Pesquisas multiTÃO: prolifer-artes sub-vertendo ciências, educações e comunicações (Unicamp/CNPq) e da Rede Latino-americana de Divulgação Científica e Mudanças Climáticas.