Tornar-se terapeuta comportamental contextual: Habilidades e dicas para iniciantes
Resumo
Foram feitas descrições introdutórias de elementos conceituais importantes para terapeutas comportamentais contextuais. O objetivo é facilitar a aprendizagem desses elementos fundamentais, a partir de descrições simples em linguagem acessível. Foram tratadas oito habilidades consideradas importantes de serem desenvolvidas por terapeutas comportamentais contextuais iniciantes: 1) Ler o ambiente de terapia, o cliente e a si mesmo, a partir de uma visão funcional que inclui o comportamento verbal; 2) Verificar o ambiente, conhecer o mundo do cliente; 3) Construir e manter uma relação terapêutica proveitosa: primeiro ouvir e acolher com empatia, mas, logo, agir; 4) Estabelecer objetivos terapêuticos a partir de análises funcionais amplas ou molares, e não a partir de “comportamentos-problema”; 5) Avaliar concretização de objetivos terapêuticos: cliente muda o seu mundo, e parte desse mundo é você; 6) Conduzir as sessões privilegiando o caráter experiencial (Perguntar menos “porquês” e mais “comos”); 7) Tornar-se obsoleto; 8) Desenvolver outras habilidades constantemente por meio dos estudos e da “experiência de vida”. A ideia é que essas habilidades são subjacentes ao desenvolvimento de competências técnicas relevantes a quaisquer abordagens psicoterápicas comportamentais contextuais. A organização do trabalho foi pensada de modo que tais habilidades estivessem descritas como ações, permitindo que o contato com as sugestões aqui presentes também fosse em alguma medida experiencial. Este texto é um “pretexto” e se pretende base para desenvolver outras habilidades específicas de cada abordagem.
Palavras-chave: psicoterapia comportamental contextual; análise comportamental clínica; treinamento de terapeutas; relação terapêutica; processos em psicoterapia.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v20i0.16462