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PROPRIEDADES AVERSIVAS EM CONTINGÊNCIAS DE REFORÇAMENTO POSITIVO: EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS

Fernanda Bordignon Luiz, Maria Helena Leite Hunziker

Resumo

A divisão binária entre reforçamento positivo e controle aversivo estabelece que os dois tipos de controle são excludentes entre si. Em direção contrária, alguns autores vêm defendendo que essa dicotomia não se sustenta uma vez que contingências de reforçamento positivo podem envolver também funções aversivas. O presente trabalho teve por objetivo sistematizar alguns dos experimentos presentes na literatura que fundamentam essa proposição, agrupando-os em três conjuntos, de acordo com o tema central do estudo: pausa pós-reforço, autoimposição de time-out e indução de comportamento agressivo. Como resultado, pode-se demonstrar que pesquisas sobre três temas distintos levam a uma mesma conclusão: a distinção binária controle aversivo/reforçamento positivo não descreve adequadamente as relações de controle do comportamento. No nível teórico/conceitual, tal proposição fortalece a necessidade de revisão sobre o que se convencionou denominar controle aversivo ou controle por reforço positivo. No nível aplicado, em que geralmente são destacados os efeitos indesejáveis apenas de contingências aversivas, essa proposição tem implicações éticas em relação ao uso de contingências que controlam o comportamento, individual ou social, independentemente da sua caracterização como reforçadoras positivas ou aversivas

Palavras-chave: controle aversivo; reforçamento positivo; pausas pós-reforço, autoimposição de time-out, comportamento agressivo.


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rebac.v14i2.7535

Revista Brasileira de Análise do Comportamento/ Brazilian Journal of Behavior Analysis
ISSN 1807-8338 Versão Impressa / 2526-6551 Versão Eletrônica