AGROECOSSISTEMAS RIBEIRINHOS NO XINGU E O SEU PAPEL NA CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Resumo
A hidrelétrica Belo Monte causou o deslocamento territorial dos ribeirinhos que habitavam as ilhas ao longo do rio Xingu. Com a interrupção dos modos de vida, passaram a lutar pela reconstrução do território. O objetivo do presente artigo foi realizar um diagnóstico dos agroecossistemas ribeirinhos na região Xingu e identificar o seu papel na conservação da biodiversidade. Realizaram-se pesquisa de campo nas comunidades com entrevistas, turnês guiadas e levantamento etnobotânico. Participaram 71 unidades familiares, das quais 42 estavam reassentadas em 10 comunidades, perfazendo a amostra da presente análise. Observou-se diversidade de campos manejados, de espécies vegetais e animais, de trabalho e de produtos em cada agroecossistema familiar. Os ribeirinhos estão plantando agrobiodiversidade, que é parte vital da biodiversidade. Identificaram-se 93 espécies de plantas alimentícias, conservadas em espaços agroflorestais. O território garantido na beira do rio é o grande precursor para a formação dos agroecossistemas.
Palavras-chave
Agrobiodiversidade; Amazônia; Comunidades tradicionais; Hidrelétrica
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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ragros.v14i1.11602
ISSN online 2318-0188