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<p><span><br /></span></p><p><span>Imagem da capa:</span></p><p><span>Autor: Alan Crhistian Alvão</span></p><p><span>Título: Pescadores artesanais de rede escorada (estacada), Pará, Brasil</span></p>

RELAÇÃO ENTRE HUMANOS E PRIMATAS (Sapajus sp.) ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO, NORDESTE, BRASIL

Wallace Pinto Batista, Eraldo Medeiros Costa Neto, Noemi Spagnoletti

Resumo

As frequentes alterações dos habitats naturais promovidas pelo ser humano aumentam sua proximidade com a fauna silvestre, favorecendo, entre outras coisas, interações entre humanos e primatas não humanos. A etnoprimatologia estuda essas interações, levando em consideração que elas ocorrem há bastante tempo. É importante compreender as percepções e atitudes dos moradores do bairro Vila Nobre, na cidade de Paulo Afonso, Estado da Bahia, em relação aos macacos-prego-galego (Sapajus sp.) para esclarecer os fatores socioambientais dessa relação. Assim, o presente estudo objetiva caracterizar as percepções e atitudes dos moradores em relação a recente ocorrência dos macacos-prego-galego, visando à identificação de conflitos e suas possíveis causas. O estudo foi realizado através de entrevistas semiestruturada e conversas informais com os moradores do local, entre maio de 2012 e julho de 2015. Os entrevistados foram pessoas residentes no bairro desde sua infância. Todos os entrevistados afirmam que estes macacos não ocorriam no bairro, mas começaram a ser avistados a partir do ano de 2011. A maioria dos entrevistados (95,4%) associa o aparecimento dos macacos às plantações de frutíferas. Os macacos invadem os pomares, alimentando-se de todos os itens cultivados, e quando não satisfeitos, passam a invadir as residências em busca de comida, fato este que tem levado uma pequena parcela dos moradores (14,2%) a adotar medidas agressivas para com os macacos. Todos os moradores entrevistados consideram os macacos-prego-galego importantes para a natureza. As interações entre a população humana e a população de macacos-prego-galego são pacificas, os sentimentos positivos se sobressaem aos negativos. Portanto, o cenário é favorável à adoção de educação ambiental que vise à proteção do macaco-prego-galego e de seu habitat, bem como a proteção dos moradores e suas residências, proporcionando melhorias na relação de convivência entre humanos e primatas.


Palavras-chave

etnoprimatologia; conflitos; educação


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ethnoscientia.v2i1.10180

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ISSN 2448-1998