Etnofísica, modelagem matemática, geometria... tudo no mesmo Manzuá
Resumo
Meu objetivo neste artigo é apresentar os resultados parciais de uma pesquisa em desenvolvimento que visa analisar a Etnofísica dos ribeirinhos amazônicos com o intuito de desenvolver materiais didáticos inovadores para a abordagem de conceitos de Física e Matemática nas aulas do ensino médio e superior em ambiente de Modelagem Matemática. A questão de pesquisa foi: De que maneira a construção do Manzuá pode contextualizar aulas inovadoras de Física e Matemática no ensino médio? A metodologia usada foi abordagem etnográfica. Utilizei como fundamentos teóricos os referenciais da Etnomatemática (D’AMBRÓSIO, 2008), a Teoria dos Modelos Mentais (JONHSON-LAIRD, 1983), Modelagem Matemática (CHAVES e ESPÍRITO SANTO, 2008) e a Teoria dos Campos Conceituais (VERGNAUD, 2007). Os dados iniciais sugerem que o conhecimento físico tradicional do sujeito pesquisado está fortemente relacionado a modelos mentais formados e reformulados em função dos longos anos de prática na construção do Manzuá e que os invariantes operatórios movimentados para construir o artefato fazem parte desses modelos mentais. As situações vivenciadas durante a construção do Manzuá podem embasar ótimas situações-problema para as aulas de Física e Matemática em ambiente de Modelagem Matemática. Podemos, portanto, a partir dessas situações, desenvolver materiais didáticos que relacionem o saber tradicional dos ribeirinhos ao saber da escola
Palavras-chave
etnofísica; etnomatemática; modelagem matemática; manzuá
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v9i18.2026
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