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Professores como cerrado: a cada chuva o esplendor da primavera

Andréa Inês Goldschmidt

Resumo

O campo de estágios é um local importante quando pensamos em formação de professores, sendo necessário serem estimuladas reflexões que impliquem na identidade docente e sua práxis. Uma das vias para a configuração dessas reflexões é a utilização de metáforas. Diante deste cenário, foi proposto aos estagiários do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas realizarem a leitura do texto de Maria Socorro Lucena Lima, intitulado “O estágio nos cursos de licenciatura e a metáfora da árvore”. Após, construíram a árvore do Estágio Curricular Supervisionado I, como objeto de estudo e reflexão; porém, levando-se em consideração o bioma cerrado. Foram elencadas seis espécies florestais, a serem construídas e apresentada as associações realizadas entre o texto lido, as reflexões realizadas e as características biológicas das espécies. Os alunos trouxeram construções importantes, como a singularidade de cada espécie e a experiência individual de cada um, revelando que “ser professor” se constitui historicamente. Foi apontado pelos participantes as adversidades do solo do cerrado e da profissão, refletindo sobre as dificuldades e desvalorização docente e a importância deste profissional na sociedade. Podemos conceber os alunos como futuros profissionais conscientes de sua prática, como um profissional reflexivo.


Palavras-chave

docência, formação inicial, estágios


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v12i24.2426

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