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“SAI GORDURA TRANS, ENTRAM VEGETAIS ORGÂNICOS”: SERIAM AS LÓGICAS TAYLORISTA E FORDISTA DOS FAST FOODS COM TEMPERO DE PÓS-MODERNIDADE?

Monique Medeiros

Resumo

Concomitante ao decorrer dos anos e à facilitação ao acesso à informação, novas preocupações acometem a sociedade levando consumidores a questionarem seus hábitos alimentares. Com a atenção voltada a este consumidor, grandes empresas de fast food incorporaram hortaliças, carnes magras e sucos naturais a seus cardápios. Nesse nicho de mercado é que alimentos orgânicos conquistam espaço. Possuir rótulos de orgânicos em produtos comercializados nessas lojas pode evocar a imagem de um alimento produzido de forma mais simples, livre de produtos químicos industrializados, no entanto, a contradição se dá quando analisamos que a existência desse rótulo é produto da própria indústria. As transformações nos padrões de consumo, e consequentemente no fornecimento de alimentos, que ocorreram nos últimos tempos nos levam a questionar: quais os reais motivos que levam os consumidores a procurar alimentos mais saudáveis? O que motiva a incorporação de alimentos orgânicos nos cardápios de fast food? O que significa associar alimentos orgânicos a uma lógica de comercialização e distribuição de produtos alicerçada a uma organização empresarial taylorista/fordista? Com o intuito de refletir sobre esses questionamentos, o presente artigo se embasa em estudos acadêmicos e publicações não científicas da primeira década dos anos 2000, momento de maior emergência dos alimentos orgânicos nas redes de fast food no mundo.


Palavras-chave

Alimentação; Globalização; Alimentos orgânicos.


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/ethnoscientia.v7i4.12802

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ISSN 2448-1998