Enviar artigo via e-mail 
Jogar e compreender a química: ressignificando um jogo tradicional em didático
Resumo
Não se pode negar a importância que vem sendo dada ao uso dos jogos didáticos no contexto escolar. Seguindo esta perspectiva, este artigo divulga uma investigação realizada sobre as contribuições de um jogo para o ensino de propriedades coligativas. O jogo foi aplicado em uma turma do 2º ano do ensino médio, pertencente a uma escola do sudeste piauiense. A pesquisa relatada é de cunho qualitativo. Utilizamos questionários para a coleta de dados, além da observação direta sobre os aspectos fenomenológicos surgidos durante a aplicação do jogo. Os resultados revelaram que o uso de jogos didáticos não consiste numa prática comum para os sujeitos analisados, e as suas concepções sobre a utilização do jogo em questão nos fizeram inferir que a atividade lúdica proposta contribuiu com o fortalecimento de diferentes aspectos que são necessários para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem da Química.
Palavras-chave
jogo didático; ensino de química; atividades lúdicas; propriedades coligativas
Texto completo:
PDFReferências
ANGERS, M. Iniciation pratique à la méthodologie des sciences humaines. Montreal: Centre Educatif et Culturel (CEC), 1992.
BARBOSA, R. C.; TAVARES, R.; SANTOS, J. N.; RODRIGUES, L. G.; ANDRADE, M. O jogo educacional como recurso digital e a aprendizagem significativa de gramática. XIX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação (SBIE), 2008.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. SP: Edições 70, p. 51, 2011.
BIANCHINI, L. G. B.; OLIVEIRA, F. N.; VASCONCELOS, M. S. Procedimentos no Jogo Virtual Colheita Feliz: Entre a Virtude e a Regra. ETD – Educ. Tem. Dig., v.14, n.1, p.1-21, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação – Secretaria de Educação Média e tecnológica. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Vol. 2: Ciências da Natureza, Matemáticas e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2008.
BROUGÈRE, G. Lúdico e Educação: novas perspectivas. Linhas Críticas, vol. 8, n. 14, 2002.
BRUNER, J. From joint attention to the meeting of minds: An introduction. In MOORE, C.; DUNHAM, P. J. (Eds), Joint attention: Its origin and role in development, pp. 189-203. Hillsdale, N. J.: Lawrence Erlbaum, 1995.
CAMPOS, L. M. L.; BORTOLOTO, T.M; FELÍCIO, A. K. C. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem.Caderno dos núcleos de Ensino, Botucatu, p.35-48, 2003.
CASTRO, B. J.; COSTA, P. C. F. Contribuições de um jogo didático para o processo de ensino e aprendizagem de Química no Ensino Fundamental segundo o contexto da Aprendizagem Significativa. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias, vol. 6, n. 2, 2011.
CAVALCANTI, E. L. D.; CARDOSO, T. M. G.; MESQUITA, N. A. S.; SOARES, M. H. F. B. Perfil Químico: debatendo ludicamente o conhecimento científico em nível superior de ensino. Revista Electrónica de Investigación en Educación en Ciencias (En línea), v. 7, p. 73-86, 2012.
CAVALCANTI, E. L. D.; SOARES, M. H.. F. B. S. O uso do jogo de roles (roleplaying game) como estratégia de discussão e avaliação do conhecimento químico. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, vol.8, n.1, 2009.
CAILLOIS, R. Os jogos e os homens: a máscara e a vertigem. Lisboa: Cotovia, 1990.
CHATEAU, J. O jogo e a criança. Guido de Almeida, São Paulo: Summus Editora, p.84, 1984.
CLEOPHAS, M. G. Ensino por investigação: concepções dos alunos de licenciatura em Ciências da Natureza acerca da importância de atividades investigativas em espaços não formais. Revista Linhas, v. 17, n. 34, p. 266-298, 2016.
COSTA, A. A. F.; SOUZA, J. R. T. Obstáculos no processo de ensino e de aprendizagem de cálculo estequiométrico. Amazônia - Revista de Educação em Ciências e Matemática, v.10 (19), p.106-116, 2013.
CUNHA, M. B. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Revista Química Nova na Escola, n. 2, p. 92-98, 2012.
CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. Anais do Encontro Nacional de Estudantes de Química - ENEQ, 2004.
DOMINGOS, D. C. A.; RECENA, M. C. P. Elaboração de jogos didáticos no processo de ensino e aprendizagem de química: a construção do conhecimento. Ciências & Cognição, v. 15 (1): 272-281, 2010.
FACETOLA, P. B. M.; et al. Os Jogos Educacionais de Cartas como Estratégia de Ensino em Química. Revista Química Nova na Escola, n. 34, N° 4, p. 248-255, 2012.
FELÍCIO, C. M. Do compromisso a responsabilidade lúdica: ludismo em ensino de Química na formação básica. Tese de doutorado – Universidade Federal de Goiás, 2011.
FERRER, T. Métodos de enseñanza comunicativos: El juego como estratégia didáctica en la instrucción del español como segunda lengua. Lúdicamente, vol 4, n. 8, 2015.
FIALHO, N. N. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.
FREITAS, E.S.; SALVI, R.F. A ludicidade e a aprendizagem significativa voltada para o ensino de geografia. Secretaria do Estado da Educação do Paraná (SEED) - Portal Educacional do Estado do Paraná. Curitiba Artigo do Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE, 2007. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/ 894-4.pdf>. último Acesso em: 06 mar. 2017.
GOMES, R. R.; FRIEDRICH, M. A Contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. In: EREBIO, v.1, p.389-92, 2001.
GOUVÊA, L. G.; SUART, R. C. Análise das Interações Dialógicas e Habilidades Cognitivas desenvolvidas durante a aplicação de um jogo didático no ensino de química. Ciências & Cognição, v. 19, n. 1, p. 27-46, 2014.
HESSEL, A. M. D. G. Yuga-yuga: o jogo. In: MIRANDA, H. T.; MENEZES, L. C. (Orgs.). Almanaque de criação pedagógica – A aventura da explicação: ciência e linguagens. Petrópolis: Vozes, 2002. p.20-27.
HUIZINGA, J. Homo ludens: O jogo como elemento de cultura. Trad. J.P. Monteiro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1980.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5 edição. São Paulo: Perspectiva, 2007.
JANN, P. N.; LEITE, M. F. Jogo do DNA: um instrumento pedagógico para o ensino de ciências e biologia. Ciências & Cognição, v.15, n. 1, p. 282-293, 2010.
KISHOMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 183p, 1996.
LACERDA, P. L.; SILVA, A. C. R.; CLEOPHAS, M. G. P. “Dominoando a Química”: Elaboração e Aplicação de um Jogo como Recurso Didático para o Ensino de Química. IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC. Águas de Lindóia, SP, 2013.
LÉVY, P. Collective intelligence: mankind‟s emerging world in cyberspace. Cambridge: Perseus Books, 1997.
MARTINEZ, E. R. M.; FUJIHARA, R. T.; MARTINZ, C. Show da Genética: um jogo interativo para o ensino de genética. Genética na escola. Botucatu, São Paulo, p. 1-4, 2008.
MESSEDER, H. S.; PINHEIRO, B. C. S.; ROQUE, N. F. Improvisações Teatrais no Ensino de Química: Interface entre Teatro e Ciência na Sala de Aula. Revista Química Nova na Escola, v. 35, n. 2, p. 100-106, 2013.
MIRANDA, A. C. B.; JÓFILI, Z. M. S.; LEÃO, A. M. A. C.; LINS, M. Alfabetização ecológica e formação de conceitos na educação infantil por meio de atividades lúdicas. Investigações em Ensino de Ciências, v. 15, n. 1, pp. 181-200, 2010.
MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. In: Ciência Hoje, v.28, 2001 p. 64- 66.
PIAGET, J. Psicologia da Inteligência. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
PORTO, M. G. C. Jogo, TIC e ensino de química: uma proposta pedagógica. Recife: UFRPE, 2015. 249 f. Tese - Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2015.
POUPART, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Tradução Ana Cristina Nasser. Petrópolis: Vozes, 2008. 464 p. Título original: La recherche Qualitative.
RODRIGUES, R. C. B.; FURTADO, W. W. Jogos teatrais no estudo da construção histórica do conhecimento sobre modelos atômicos no ensino fundamental. IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – IX ENPEC. Águas de Lindóia, SP, 2013.
SÁ, E. F.; PAULA, H. F.; LIMA, M. E. C. C.; AGUIAR, O. G. As características das atividades investigativas segundo tutores e coordenadores de um curso especialização em ensino de ciências. VII E Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – VII ENPEC. Belo Horizonte-MG, p.01-13, 2007.
SANTOS, A. P. B.; MICHEL, R.C. Vamos jogar Sue Química? Revista Química Nova na Escola, n. 31, 2009.
SATURNINO, J. C.; LUDUVICO, I.; SANTOS, L. J. Pôquer dos Elementos dos Blocos s e p. Revista Química Nova na Escola, v. 35, n. 3, p. 174-181, 2013.
SILVA, A. C. R.; et al. Importância da Aplicação de Atividades Lúdicas no Ensino de Ciências para Crianças. R. Bras. de Ensino de C&T, v.8, n.3, p.84-103, 2015.
SOARES, M. H. F. B. e CAVALHEIRO, E.T.G. O ludo como um jogo para discutir conceitos de termoquímica. Revista Química Nova na Escola, n. 23, maio 2006.
SOARES, M. H. F. B. O lúdico em Química: Jogos e atividades lúdicas aplicados ao Ensino de Química. Tese de doutorado, 195 p. São Carlos: UFSCar, 2004.
SOARES, M. H. F. B.; OKUMURA, F.; CAVALHEIRO, E.T.G. Um jogo didático para ensinar o conceito de equilíbrio químico. Química Nova na Escola, n. 18, p. 13-17, 2003.
SOUZA, D. C.; NASCIMENTO JUNIOR, A. F. Jogos didático-pedagógicos ecológicos: uma proposta para o ensino de ciências, ecologia e educação ambiental. In: Anais do V Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – V ENPEC, 2005, p. 1-12.
TEZANI, T. C. R. O Jogo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. Educação em Revista, v.7, n.1-2, 2006.
TONELLI, M. L. F. Jogos digitais: uma abordagem educacional à luz da Epistemologia Genética. Cadernos de Aplicação, Porto Alegre, v. 24, n. 1, 2011.
VIANA, F. R.; SOUSA, F. E. E. Vamos brincar? As contribuições teóricas de Piaget, Vygotsky e Wallon para o uso de jogos no ensino de matemática. Anais do XI Encontro Nacional De Educação Matemática, CURITIBA, 2013.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. In: Interação entre aprendizado e desenvolvimento, 7º ed. – São Paulo: Martins Fontes, p. 87 – 106, 2007.
VIGOTSKY L. S. Pensamiento y Lenguaje. La Habana, Editorial Pueblo y Educación, 1982.
VYGOTSKY, L. S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/Edusp, p.103-17, 1988.
VYGOTSKY, L. S. (2004). Psicologia Pedagógica. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes.
WALLON, H. As origens do pensamento na criança. São Paulo: Manole, 1989.
DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v13i28.4340
Direitos autorais 2017 Amazônia - Revista de Educação em Ciências e Matemáticas
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
