Cabeçalho da página

Contribuições do estágio no Clube de Ciências da UFPA para a produção de sentidos subjetivos sobre interdisciplinaridade

Rosineide Almeida Ribeiro, José Moysés Alves, Marciléa Serrão Resque

Resumo

O ensino de ciências interdisciplinar ainda não é frequente em nossas escolas. No Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará (CCIUFPA), estagiários de diferentes cursos de graduação trabalham em equipes e tem oportunidades de vivenciar a construção de propostas interdisciplinares. Inspirados na Teoria da Subjetividade de Fernando González Rey, investigamos como as práticas pedagógicas interdisciplinares se configuram subjetivamente para professores de ciências, egressos do CCIUFPA e como eles avaliam a contribuição do referido estágio para suas concepções e práticas interdisciplinares atuais. Apresentamos quatro estudos de caso de professores estagiários, cujas informações foram construídas por meio de diferentes instrumentos. Apesar da singularidade das experiências de cada estagiário, eles consideraram que o estágio no Clube de Ciências da UFPA ampliou seus conhecimentos sobre interdisciplinaridade, ensinou-os a enfrentar e superar dificuldades para realização de projetos interdisciplinares, favoreceu o planejamento e a valorização das atividades em equipe, assim como o reconhecimento da importância da motivação dos sócios mirins, da contextualização dos conteúdos e do diálogo em sala de aula. Os professores avaliaram que as experiências no CCIUFPA contribuíram para a construção de sua prática docente atual, sendo que dois deles relataram realizar, mesmo com dificuldades, o ensino interdisciplinar de ciências na escola


Palavras-chave

sentido subjetivo; ensino interdisciplinar; formação de professores


Texto completo:

PDF

Referências


BRABO, J. C.; RIBEIRO, E. O. R. Metodologia do ensino de ciências: concepções e práticas. Belém: EDUFPA, 2005.

BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002.

CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. São Paulo: ed. Moderna,1994.

FAZENDA, Ivani C. A. A Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. Campinas, São Paulo: Papirus. 1994.

FAZENDA, Ivani C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologias. 5.ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002.

GONÇALVES, Terezinha Valim. Ensino de Ciências e Matemática e Formação de Professores: marcas da diferença. (Tese de doutorado). Campinas: FE/UNICAMP, 2000.

GONÇALVES, T. O. Formação inicial de professores: prática docente e atitudes reflexivas. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas. v. 1, n. 2, p. 73-79, 2005.

GONZÁLEZ REY, F. L. Psicologia e educação: desafios e projeções. In: RAYS, O. A. (Org.). Trabalho pedagógico. Porto Alegre: Sulina. p.102-117, 1999.

GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa Qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Thomson Learning, 2002.

GONZÁLEZ REY, F. L. Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Thomson Learning, 2003.

GONZÁLEZ REY, F. L. O social na psicologia e a psicologia social: a emergência do sujeito. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

GONZÁLEZ REY, F. L. Pesquisa Qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. São Paulo: Thomson Learning, 2005.

GONZÁLEZ REY, F. L. O sujeito que aprende: desafios do desenvolvimento da aprendizagem na psicologia e prática pedagógica. In: TACCA, M. C. V. R. Aprendizagem e trabalho pedagógico. Campinas: Alínea, 2006. p.29-44.

GONZÁLEZ REY; MITJÁNS MARTÍNEZ. Subjetividade: teoria, epistemologia e método - Campinas, SP: Editora Alínea, 2017.

JAPIASSÚ, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976, p. 74.

MORAES, R. (org.). É Possível Ser Construtivista no Ensino de Ciências? Construtivismo e ensino de Ciências. Porto Alegre: EDIPUCRS, p. 103-30, 2000.

MORAES, R. Cotidiano no ensino de Química: superações necessárias. In: GALIAZZI, M. et al (orgs.). Aprender em rede na educação em ciências. Ijuí: UNIJUÍ, 2008. (Coleção Educação em Ciências).

NUNES, J. B. M.: Demonstrativo ou Investigativo: em qual perspectiva experimentos de pilha são apresentados nos livros didáticos? (Trabalho de Conclusão de Curso). Belém:Universidade Federal do Pará, 2013.

PAIXÃO, Cristhian Corrêa da. Narrativa autobiográfica de formação: processos de vir a ser professor de ciências (Dissertação de Mestrado). Belém: Universidade Federal do Pará, 2008.

PARENTE, A. G. L. Práticas de investigação no ensino de ciências: percursos de formação de professores. (Tese de Doutorado). Bauru: Universidade Estadual Paulista, 2012.

PÉREZ GÓMEZ, A. I. Para compreender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SANTOS, W.L.P.; SCHNETZLER, R.P. Educação em Química: compromisso com a cidadania. 4 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2010.

TACCA, Maria Carmen Villela Rosa. Estratégias Pedagógicas: Conceituação e desdobramentos com o foco nas relações professor-aluno. In: TACCA, Maria Carmen Villela Rosa. (Org.). Aprendizagem e trabalho pedagógico. – Campinas: Ed. Alinea, 2006.




DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v14i30.4978

Direitos autorais 2018 Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.

Creative Commons License