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Duas Matemáticas: percurso e co-construção das formas dedutiva e procedimental

Isabel Cafezeiro, Ricardo Kubrusly

Resumo

A partir da história de construção da forma dedutiva da matemática, argumentamos que esta sempre foi acompanhada por uma outra forma de apresentação matemática que privilegiou o “fazer”, assumindo a aparência de descrição, procedimentos ou receitas.  Percebemos a impossibilidade de uma forma “pura” (puramente dedutiva ou puramente procedimental), e portanto, uma mútua dependência entre as duas formas de apresentação. Porém, na presença de uma configuração de poder que privilegiou o intelecto, a matemática dedutiva se sobrepôs à matemática procedural, situando esta última como um saber desprestigiado. Sob a perspectiva da História das Ciências, este texto indica ao professor de matemática a importância de conciliar as duas formas de apresentação. No século XX, a computação novamente traz luz à matemática procedimental, exigindo novos arranjos nas formas de apresentação das matemáticas.


Palavras-chave

matemática dedutiva; matemática procedimental; história da ciência


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v16i35.8476

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