A LITERATURA INFANTIL: (MENOR)IDADE E DESTERRITORIALIZAÇÕES
Abstract
Pensando o lugar da literatura infantil e da criança na sociedade como um lugar de uma possibilidade de dizer, do dizer e de se dizer, a investigação aqui proposta se pauta nas miragens infantis, femininas e feministas que se projetam a partir de uma personagem da literatura infanto-juvenil. Assim sendo, nosso objetivo é discutir como se entende a literatura infantil e juvenil como literatura menor, a partir da filosofia de Deleuze e Guattari, tendo como corpus o texto Procurando Firme, 1984, de Ruth Rocha, procedendo com análises discursivas, pela perspectiva foucaultiana, das miragens femininas, feministas e infantis, que se constituem linguisticamente na narrativa. Pudemos perceber a literatura da criança, mesmo marginalizada pelo cânone, pela academia e pelo discurso literário tradicional, constituindo sua menoridade como máquina de revolução, máquina de expressão coletiva e desterritorialização da servidão infantil à palavra do adulto e da servidão do gênero feminino à palavra do gênero “majoritário”, desvelando que a própria condição de menor, faz dessa literatura arte transgressiva que se abre ao devir.
Palavras-chave: literatura infanto-juvenil, discurso, devir, feminismo.
CHILDREN'S LITERATURE: (LESS) AGE AND DETERRITORIALIZATIONS
Thinking the place of children's literature and of the child in society as a place of a possibility to say, to the saying and to say itself, the research proposed here is based on the childish, feminine and feminist mirages that are project from a character of the children literature. Thus, our aim is to discuss how understand children literature as a minor literature, based on the Deleuze and Guattari’s philosophy, having as corpus the text “Procurando Firme”, 1984, by Ruth Rocha, proceeding with discursive analyzes, by the Foucaultian perspective, of mirages feminine, feminist, and childish, which constitute linguistically in the narrative. We could perceive the children literature, even marginalized by the canon, the academy and the traditional literary discourse, constituting its minority as a machine of revolution, a machine of collective expression and deterritorialization of child servitude to the word of the adult and the servitude of the feminine gender to the word of the "majoritarian" gender, showing that the condition of a minor literute, makes it transgressive art that opens to becoming.
Keywords: children literature, discourse, becoming, feminism.
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PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rmi.v12i18.7642
Copyright (c) 2019 Revista Margens Interdisciplinar
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Federal University of Pará - Abaetetuba Campus - EditorAbaete
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ISSN: 1806-0560 e-ISSN: 1982-5374
DOI: https://dx.doi.org/10.18542