O TESTEMUNHO EM O SOBREVIVENTE: MEMÓRIA DE UM INFANTE QUE ESCAPOU DE AUSCHWITZ
Abstract
Apresentamos neste texto uma análise da obra O Sobrevivente: memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz, publicado em 2000, numa parceria entre Aleksander Laks e Tova Sender. Trata do testemunho de Laks enquanto menino judeu-polonês, que experimentou na adolescência os traumas do cotidiano do campo de concentração de Auschwitz. A sobrevivência e sua relação de gratidão com o Brasil e sua identificação como brasileiro. Sua narrativa testemunha uma das maiores barbaridades sofridas por seu povo, durante a Shoah, na Segunda Guerra Mundial. Procuramos verificar de que forma a exceção e a vida nua se apresentam e dialogam na narrativa reverberando sua sobrevivência. O nazismo sem dúvida nos lembra a tortura e o sofrimento de um povo que foi penalizado, pois Auschwitz, não era apenas um campo de concentração, era também um campo de trabalho forçado, de humilhação, de sofrimento e de extermínio. Nessa perspectiva utilizaremos como chave de leitura as ideias de Giorgio Agamben baseado no estado de Exceção e na vida nua, conceitos estes considerados importantes para a compreensão e reflexão de um período em que os direitos fundamentais foram suspensos e a sua memória será sempre um desafio, principalmente quando se trata dos infantes.
Palavras chave: Testemunho. Exceção. Memória. Vida nua.
THE TESTIMONY IN THE SURVIVOR: MEMORY OF AN INFANT WHO ESCAPED FROM AUSCHWITZ
We present in this text an analysis of the work O Sobrevivente: memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz, published in 2000, in a partnership between Aleksander Laks and Tova Sender. It deals with the testimony of Laks as a Polish-Jewish boy, who experienced in his adolescence the daily traumas of the Auschwitz concentration camp. Survival and its relationship of gratitude to Brazil and its identification as Brazilian. His narrative testifies to one of the greatest atrocities suffered by his people during the Shoah in World War II. We try to verify how the exception and the naked life present themselves and dialogue in the narrative reverberating their survival. Nazism no doubt reminds us of the torture and suffering of a people who were penalized, for Auschwitz was not only a concentration camp, it was also a field of forced labor, humiliation, suffering and extermination. From this perspective, we will use Giorgio Agamben ideas based on the state of Exception and nude life as a key reading, concepts considered important for understanding and reflecting on a period in which fundamental rights have been suspended and their memory will always be a challenge, especially when it comes to infants.
Keywords: Testimony.
Full Text:
PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rmi.v12i18.7649
Copyright (c) 2019 Revista Margens Interdisciplinar
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Federal University of Pará - Abaetetuba Campus - EditorAbaete
Post-Graduate Program in Cities, Territories, and Identities (PPGCITI)
ISSN: 1806-0560 e-ISSN: 1982-5374
DOI: https://dx.doi.org/10.18542