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Práticas de ensino epistemologicamente diferenciadas sobre a aprendizagem do corpo humano

Rosália Maria Ribeiro de Aragão, Patrícia Figueiredo, Maria Rosa Bonfim

Resumo

Como ensinar sobre O CORPO HUMANO de maneira epistemológica e pedagogicamente diferenciada? Como abandonar aspectos estagnados e estagnantes do ensino tradicional, tais como, a fragmentação, o congelamento do real, o detalhismo excessivo e outros, quando se trata de estudar o nosso corpo? Estas são algumas das questões que mantivemos presentes ao realizar grande esforço para fugir à influência da nossa ‘formação ambiental’ - com todas as marcas adquiridas dentro e fora da escola – e buscarmos uma visão mais ampla do nosso corpo em funcionamento... em constante interação com o ambiente. Dentre as marcas do tipo mencionado de formação que geralmente recebemos na Universidade, e precisamos superar, destacam-se os inúmeros contatos com corpos dissecados e desfigurados, corpos que não se assemelhavam a corpos humanos porque pareciam jamais ter abrigado vidas. Corpos inertes ou estáticos, utilizados como meros ‘materiais didáticos’, permitiram e permitem a muitos professores em formação certo tratamento no ensino apenas tendo em vista a memorização, por parte de alunos e alunas, de uma infinidade de "nomes complicados" e a estruturação – por definição e classificação - de sistemas e do que se denomina organismo biológico. Para tanto, buscamos nos inspirar em três metodologias alternativas de ensino que abordam esse assunto em uma perspectiva construtiva. Nos três estudos enfocados, é possível observar que estiveram presentes princípios próprios de uma abordagem atual de ensino – usualmente denominada ‘construtivismo’ - dentre os quais os seguintes : a) o respeito às idéias prévias dos alunos; b)a visão de que o conhecimento não é algo pronto e imutável, e c)o acompanhamento constante da re-elaboração dessas idéias no decorrer dos processos de ensino e de aprendizagem nas aulas de Ciências.


Palavras-chave

ensino de ciências; modelos de ensino; ensino construtivo


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Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.18542/amazrecm.v8i15.1689

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