DEVIR-LOBO NA INFÂNCIA: KIPLING E SUA MATILHA
Abstract
O propósito deste ensaio é o de reinterpretar a noção de desejo na infância, tal como ensinado e categorizado pelas contribuições psicanalíticas. Nesse sentido, procura refutar a triangulação edipiana, como única forma de entender a produção inconsciente, já que está inibe o desejo nas malhas do pensamento representacional. Por isso, entende a infância como uma verdadeira máquina desejante e pensá-la, dessa forma, significa partilhar das concepções desenvolvidas por Deleuze e Guattari no seu Anti-Édipo. Entretanto, é apenas nos Mil Platôs que as pistas para esse ensaio são delineadas. Apropriando-se dos conceitos de devir-animal e de matilha, ele realiza, à luz da Filosofia da Diferença, aproximações com a obra literária de Rudyard Kipling. De maneira muito especial, o Livro da Selva é o exemplo mais ilustre da produção desejante na infância. Assim, verifica-se a inversão da lógica freudiana: do sujeito que deseja algo, por devires pré-individuais, multiplicidades, espalhadas pela floresta como a matilha de lobos.
Palavras-chave: Desejo. Infância. Devir-lobo. Matilha
Full Text:
PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.18542/rmi.v6i7.2814
Copyright (c) 2016 Revista Margens
Indexing for:
Impact Factor 1.54
Federal University of Pará - Abaetetuba Campus - EditorAbaete
Post-Graduate Program in Cities, Territories, and Identities (PPGCITI)
ISSN: 1806-0560 e-ISSN: 1982-5374
DOI: https://dx.doi.org/10.18542